CARAVANA DOS COCOS APORTA EM SALVADOR NESTE MÊS DE JUNHO

O Quilombo Cultural Casa Coletivo abre os trabalhos, em 2022, para, através da sua produtora, a Produto Coletivo, ofertar ao público baiano, e, em especial, ao povo soteropolitano, uma série de ações e iniciativas ligadas ao saber-fazer originário ameríndio e africano da arte do Coco de Roda.
Em suas diversas formas a manifestação, o brinquedo, a cultura dos cocos tem em si aspectos políticos, sociais, artísticos – musicais, poéticos e coreográficos –, bem como aspectos naturais, humanos e espirituais.
As ancestralidades negra e indígena compõem o solo físico e histórico, metafísico e filosófico desta arte de viver e persistir num regime de luta e construção de modos de ser caboclos e quilombolas.
Desta forma, os processos de transmissão e perpetuação do conhecimento desta herança se fundam em vivências e aprendizados cotidianos apreendidos na luta diária pela sobrevivência e resistência dos costumes em diversas comunidades tradicionais e urbanas do nordeste da América Latina. Nesse sentido, o Quilombo Cultural Casa Coletivo apresenta um conjunto de ações como oficinas, vivencias e apresentações que se compreendem neste mês de junho como uma grande mostra das formas de expressão desta arte genuína.
Desde Pernambuco, estado de fundação do Quilombo, até a Bahia, em sua capital, Salvador, os cocos desembarcam com noções, histórias, métodos e perspectivas reverências para com a tradição e seus mestres. Reconhecendo em cada membro do coletivo a descendência de uma maestria, de diversos territórios postos entre Recife e Olinda, como a comunidade do Amaro Branco e a Zona Norte do Recife, levando adiante a sabedoria de mestres e mestras como Ana Lúcia, Zé Neguinho e Bidoga, entre outros como Ferrugem, Galo Preto, Lu do Pneu e Zezinho de Casa Amarela.
Assim, o projeto “De que Chão Brota o Coco”, reúne a partir de 3 de junho, em Salvador, Una Quilombola, Erlânia Paula, Lucas Gabriel e Guajajara para quebrar o coco através de sua poética, sua música, sua dança e história compartilhada com o público baiano.
Com uma programação variada, o Quilombo com as lideranças de Una, filha, discípula e produtora da Mestra Ana Lucia do Amaro Branco, discípula de Mestre Galo Preto, referência mulher de vários tipos de coco, fundadora, matriarca e Gestora do Quilombo Cultural e Guajajara, sambador do recôncavo baiano, sobrinho-neto de D. Dalva do Samba de Roda Suerdieck e discípulo musical de Mateus Aleluia, é coquista formado por diversos mestres na comunidade do Amaro Branco, também fundador, gestor e referência do Quilombo Cultural Casa Coletivo recebem: Lucas Gabriel, discípulo de Mestre Bidoga, poeta, cantador de Coco de Sala, músico pernambucano e uma referência nos cocos em Pernambuco e Erlânia Paula, discípula de Mestre Zé Neguinho, cantora e artesã.  Nesta edição, tem-se o foco no Coco de Sala e no Coco de Praia, que dentro de suas variedades já carregam uma enorme complexidade rítmica e densa historicidade.
SIMBORA SAMBAR QUE O COCO É DE RODA!
O projeto acontecerá entre 3 e 17 de junho, formulário para inscrição nas atividades do Projeto “De que chão brota o coco”, pelo Wpp: (81) 9 9719 0556 / (75) 9 9195 0727
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Cineasta, editor, e produtor cultural.
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