Explorando Novas Fronteiras da arte de Karime Younes Betancourt na I Bienal de Microarte

Nesta ocasião, exploraremos a obra de Karime Younes Betancourt, surpreendente artista plástica colombiana, e sua participação na I Bienal de Microarte 2024 “Visões Contemporâneas”, que será realizada na Colômbia e no Brasil.
Karime Younes Betancourt é uma pintora colombiana nascida em Bogotá em 1983, conhecida por seu estilo de expressionismo abstrato e sua abordagem espiritual da arte. Estudou artes visuais na Pontifícia Universidade Javeriana e na Academia de Artes Guerrero, onde desenvolveu uma técnica diferenciada influenciada por renomados mestres. Além da carreira artística, Younes tem explorado novas tecnologias em plataformas digitais e tem sido reconhecida pelo seu trabalho humanitário e educativo através da arteterapia, participando em projetos pela paz e pelo ambiente. Seu trabalho já foi exibido e reconhecido em diversos países, e seu compromisso com a arte vai além da estética, utilizando suas obras para cura emocional e conexão espiritual.
Seu trabalho e trajetória nos inspiraram e por isso lhe solicitamos uma entrevista para conhecer mais sobre seu trabalho e participação na I Bienal de Microarte 2024 “Visões Contemporâneas.
O que significa para você participar da I Bienal de Microarte 2024 “Visões Contemporâneas”?
– Participar da I Bienal de Microarte 2024 “Visões Contemporâneas” é uma honra e uma oportunidade incrível para mim. Este evento não só me permite mostrar o meu trabalho a um público mais amplo, mas também me dá a oportunidade de me conectar com outros artistas e ampliar a minha perspectiva sobre a arte contemporânea num formato inovador e desafiador.
Você poderia compartilhar conosco um pouco sobre o trabalho que apresentará na bienal? Qual é a principal mensagem que você deseja transmitir com ele?
– A obra que irei apresentar intitula-se “Magnetismus”, é uma peça pintada com técnicas mistas, com pigmentos ecológicos de origem natural sobre metal reciclado. Através de uma utilização vibrante de cores e texturas, procuro captar uma mensagem sobre a reutilização de materiais alternativos (metais, plásticos, madeira, entre outros), na decoração contemporânea como suportes alternativos para os utilizar artisticamente e dar-lhes uma segunda oportunidade, destacando a sua importância e o seu impacto na nossa sociedade e no ambiente.
Como você acha que o formato “microarte” influencia a criação e apresentação de seus trabalhos?
– O formato micro-arte representa um desafio interessante porque obriga os artistas a condensar a sua mensagem e estilo num espaço mais pequeno. Para mim, isto significou uma reflexão profunda sobre como posso comunicar de forma mais direta e eficaz, focando nos detalhes essenciais de cada peça.
Seu trabalho tem sido reconhecido pela forte ligação com questões sociais e humanitárias. Como você integra esses temas em suas peças de arte?
– Integro estes temas na minha arte, explorando narrativas que refletem as lutas e esperanças de diversas comunidades. Utilizo a arte como meio para expressar o meu compromisso com a justiça social e para aumentar a consciência sobre questões importantes como a desigualdade e os direitos humanos. Cada peça que crio é inspirada em histórias e experiências reais que buscam gerar empatia e reflexão no espectador.

De que forma você considera que a sua participação em uma bienal realizada na Colômbia e no Brasil pode enriquecer o diálogo artístico entre os dois países?
– Acredito que minha participação nesta bienal possa servir de ponte cultural entre a Colômbia e o Brasil. Ambos os países têm uma rica tradição artística e partilhar um espaço como este permite o feedback de ideias, técnicas e perspectivas. Espero que o meu trabalho e o dos meus colegas contribuam para fortalecer o diálogo artístico e construir novas colaborações na região.
Como você vê o papel do artista na sociedade atual, especialmente no contexto latino-americano?
– Estou convencido de que nós, como artistas, temos um papel fundamental como observadores, críticos e narradores da nossa realidade. Acredito que os artistas são responsáveis ​​por refletir a complexidade das nossas sociedades, por questionar as estruturas de poder e por inspirar não só a reflexão, mas também por procurar uma “ação” positiva do espectador através da nossa criatividade. A arte é uma poderosa ferramenta de comunicação e transformação social.
Qual a sua opinião sobre o estado atual da arte contemporânea na Colômbia e como você acha que eventos como esta bienal podem impactar o seu desenvolvimento?
– A arte contemporânea na Colômbia vive um momento vibrante e dinâmico. Existem muitos artistas emergentes e estabelecidos que estão experimentando novas formas e temas. Eventos como esta bienal são vitais para tornar visível o talento colombiano e promover um ambiente de crítica construtiva e de crescimento artístico. Espero que a bienal incentive mais artistas a desafiarem-se e a partilharem as suas mensagens originais.
Que desafios você enfrentou como artista visual na Colômbia e como os superou?
– Como artista visual na Colômbia, um dos maiores desafios tem sido a falta de acesso a recursos e plataformas para mostrar o meu trabalho. Porém, aprendi a ser resiliente e criativo na busca de oportunidades em espaços alternativos. Além disso, envolvi-me em comunidades artísticas e tenho utilizado redes sociais e networking para divulgar o meu trabalho. Procurei também participar em exposições colectivas, workshops e concursos que me permitiram crescer, conhecer novos colegas e desenvolver-me profissionalmente.
Que conselho você daria aos jovens artistas que estão iniciando a carreira e desejam participar de eventos internacionais como a Bienal de Microarte?

– Meu conselho para quem está iniciando no caminho da arte é que se mantenha fiel à sua visão e voz artística. Não tenha medo de experimentar e cometer erros, pois eles fazem parte do processo de aprendizagem. É também importante passar do pensamento à ação, ser persistente e procurar constantemente novas oportunidades para mostrar o seu trabalho, seja através de exposições locais, concursos ou plataformas digitais.
Quais são os seus projetos futuros e como pretende continuar a desenvolver a sua carreira artística após a bienal?
– Após a bienal, pretendo continuar explorando novos temas e técnicas na minha arte. Estou trabalhando em uma série de trabalhos que abordam a relação entre o ser humano e a natureza, e como essa conexão é fundamental para o nosso bem-estar. Também tenho interesse em colaborar com outros artistas e desenvolver projetos comunitários como o portapaz, em que a arte e a reciclagem são utilizadas como ferramenta de educação, transformação social e do nosso meio ambiente contaminado.

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Sobre Luzia Moraes 2701 Artigos
Luzia Moraes é produtora cultural, ativista humanitária e escritora, formada em Comunicação Social. Já produziu festivais gastronômicos, exposições de fotografia e artes plásticas, eventos em quase todo o Brasil. No exterior participou de projetos importantes em Portugal, Estados Unidos, França, Suíça, Áustria, Alemanha, Espanha, Itália e Bélgica. Em 2012, foi considerada pelo Portal GI (globo.com) como uma das mulheres de destaque no cenário cultural baiano. Desfilou como “destaque” no carro alegórico da escola de samba “Portela” no Rio de Janeiro, em homenagem à Bahia (2012) e em 2014 na escola Mocidade Alegre, em São Paulo, no 4 carro alegórico. No socioambiental já participou de campanhas importantes como: "Vote Cataratas do Iguaçu", "Dia da Amazônia", “Abrace a Vida”, “Maraú Social”, “Outubro Rosa”, “Instituto Sangue é Vida”, “Natal Sem Fome”, "Vermelho Bahia", *Perspectivas em Movimento*, “Carnaval Sem Fome”, "Balaio Verde" e ”Pedophilia No World”. Foi *madrinhas* durante dois anos da Campanha *Mc Dia Feliz* pela unidade McDonald's de Villas do Atlântico. Entre as muitas homenagens, Luzia virou nome de pratos de drinks em renomados e premiados bares e restaurantes de Salvador,
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