Muitas pessoas sentem dificuldade em estar bem com o próprio corpo, principalmente no verão, quando todos costumam usar roupas que realçam a estrutura corporal. É nessa mesma época do ano que a busca por academias e nutricionistas esportivos aumenta expressivamente devido à busca pelo “corpo ideal”.
Construir uma relação saudável consigo mesmo pode ser um desafio para pessoas de todos os gêneros. Isso porque homens e mulheres têm recorrido à mídia, em particular às redes sociais, para serem guiadas por influenciadores, com milhares – às vezes, milhões de seguidores – que ditam o ideal de beleza a partir de seus perfis.
Com a hiperexposição provocada pelas mídias sociais, cada vez mais jovens e adultos sentem vergonha do próprio corpo e buscam atingir um modelo corporal perfeito a qualquer custo. E nesse processo pela busca do ideal, muitos convivem com a ansiedade e a angústia, impactando diretamente na autoestima.
A psicóloga Liliana Lopes alerta para o risco que dietas mágicas na internet e aplicativos que auxiliam o emagrecimento podem oferecer. Muitos programas oferecidos não respeitam a saúde do usuário e não são acompanhados por médicos ou nutricionistas. A prática de exercícios em excesso e sem orientação também preocupa, principalmente, porque as pessoas acabam se frustrando por não obterem o resultado esperado de imediato.
“Há um risco iminente dessas pessoas desenvolverem algum tipo de obsessão para atingir o padrão de beleza desejado e, com o agravamento dos sintomas, o quadro pode evoluir para depressão. Essa sede por uma beleza inalcançável acomete muitas pessoas e pode variar de intensidade, mas impacta diretamente na autoestima delas, além de poder ter efeitos danosos à saúde física”, destaca a psicóloga.
Para Liliana Lopes, os reais motivos para qualquer transformação no corpo devem estar claros, assim como os meios pelos quais a pessoa deseja alcançar os objetivos traçados com os procedimentos escolhidos. Se é para construir uma melhor relação consigo mesmo ou com alguma parte do corpo, qualquer mudança deve ser feita com acompanhamento de um profissional, priorizando sempre o bem-estar individual”, finalizou.