O musical integra as comemorações pelo centenário do Hotel Copacabana Palace, neste mês do aniversário do hotel.
O musical, que reinaugurou o histórico Teatro Copacabana Palace em 2021, traz Suely Franco, Vannessa Gerbelli e Mouhamed Harfouch à frente de um elenco de 19 artistas, entre atores, bailarinos e músicos. O texto é de Ana Velloso e Vera Novello e a direção de Gustavo Wabner e Sergio Módena.
A partir do olhar feminino de Mariazinha Guinle, esposa de Otavio Guinle, que idealizou e construiu o hotel, a peça conta a história do “Copa” passando por momentos marcantes que se confundem com a própria história do Rio de Janeiro.
Há quase dois anos atrás, quis o destino que a reinauguração de uma das salas de espetáculo mais emblemáticas do Rio de Janeiro, o Teatro Copacabana, fosse brindada com um musical que contava justamente a história do “Copa”, como carinhosamente é chamado o Hotel Copacabana Palace, responsável por povoar toda uma região no início do século 20 e ser palco de encontros e acontecimentos que marcaram para sempre a história da cidade.
O musical segue sendo brindado pelas efemérides, e voltou à cena este mês de agosto de 2023, mês em que é comemorado o centenário do Copacabana Palace.
“Não se trata nem de teatro documental, nem de reconstrução histórica, mas, sim, de celebração. (…) Portanto, o musical, com um elenco de 20 artistas sob a liderança de Suely Franco, Vanessa Gerbelli e Claudio Lins, materializa de forma não cronológica um imenso tesouro de memórias cariocas. Há uma aposta decidida no amor ao Rio. Sob um cálculo agudo, a montagem focaliza o grande lugar de emergência da cidade no momento, o coração do Rio, combalido, sem oxigênio, mergulhado em crise por todos os lados.” (Tania Brandão, Folias Teatrais)
“(…) sólida escrita dramatúrgica em processo dúplice (Ana Velloso/Vera Novello) seguindo um ideário de Gustavo Wabner, em acurada parceria diretorial com Sérgio Módena (…) um elenco de vinte artistas, entre músicos e atores/cantores, tendo à sua frente o irrepreensível e amadurecido protagonismo de Suely Franco como Mariazinha Guinle, papel guia do espetáculo. Em relatos de fatos e tipos que marcam as recordações das ambiências do hotel em suas diversas fases, alternados na convicta entrega emotiva de Vanessa Gerbelli como a mesma personagem ainda jovem” (Wagner Correa, Escrituras Cênicas)
“(…) um grande elenco para contar, muito bem, a história de um dos pontos mais conhecidos do Rio de Janeiro, um ícone carioca, o Copacabana Palace Hotel. Sem dúvida alguma, um presentão.” (Gilberto Bartholo, O Teatro Me Representa)
Da construção do suntuoso prédio à beira mar, na então quase deserta praia de Copacabana, ao status de mais importante hotel do país, a história do “Copa”, apresentada em “Copacabana Palace – o musical”, convida o público a um passeio por quase um século da nossa cultura e sociedade. Em aproximadamente duas horas de espetáculo, revisitaremos episódios envolvendo estrelas do cinema e da música nacionais e internacionais como Orson Welles, Santos Dumont, Marlene Dietrich, Edit Piaf, Einstein, Carmen Miranda, Frank Sinatra, reis e rainhas, governantes, empresários, mulheres e homens que fizeram história e povoam o imaginário mundial há décadas.
A narrativa parte de um olhar feminino: Suely Franco (no 90º espetáculo de sua carreira) e Vannessa Gerbelli dão vida a Maria Isabel Guinle, ou Mariazinha, mulher do poderoso e visionário Otavio Guinle (vivido por Mouhamed Harfouch), empresário responsável pela idealização e construção do Hotel Copacabana Palace, quando ninguém acreditava ser possível desbravar aquele areal desabitado e fora de mão que era a então Copacabana.
Mariazinha viveu no hotel durante 40 anos. Assumiu a administração do Copacabana Palace após a morte do marido em 68. A falta de recursos para a manutenção do hotel e o risco de vê-lo se transformar numa ‘ruína arqueológica’ acabaram sensibilizando aqueles que inicialmente eram contrários à venda, mas que reconheceram a importância do Copacabana Palace como um monumento da cidade e do país.
SINOPSE
Mariazinha Guinle, viúva de Otavio Guinle e herdeira, junto aos dois filhos, recebe uma proposta de compra do hotel, pelo poderoso empresário James Sherwood e, sem saber o que fazer, esconde dos filhos a tentadora proposta. A única com quem compartilha o dilema é a funcionária e amiga Claudia, e é através da conversa entre as duas que o público faz um passeio por histórias memoráveis do hotel e do Rio de Janeiro.
A MONTAGEM
A encenação de Gustavo Wabner e Sergio Módena promove o encontro entre a tradição e a modernidade: figurinos glamurosos dos anos dourados, de Karen Brusttolin, recebem detalhes do vestir dos dias de hoje; grandes sucessos musicais do passado são revisitados com arranjos, instrumentos e sonoridades contemporâneos; objetos de época convivem com recursos de alta tecnologia.
“A premissa dessa encenação não é uma reprodução exata, histórica – seja nos figurinos ou na própria cenografia. Estamos trabalhando com tecnologia e elementos mais tradicionais. A própria orquestração, os arranjos, a direção musical, também não primam pela fidelidade absoluta. Os arranjos da época recebem intervenções sonoras e o uso de alguns instrumentos que trazem uma pegada contemporânea, quase um comentário.” explica o diretor Sergio Módena.
A narrativa nasce da memória de Mariazinha Guinle e, portanto, desfruta de liberdade criativa. Partindo de um olhar contemporâneo, os diretores investem na releitura da estética e do modo de viver de quase um século.
O cenário de Natalia Lana tem dois níveis, interligados por uma grande escada central. A ação se dá nos dois espaços, e os músicos estarão dispostos no primeiro nível, ao fundo das escadas. Um grande telão LED de alta resolução abrigará imagens icônicas da história do hotel, de momentos importantes do Rio de Janeiro e criará também ambientes internos (hotel) e externos (praia e outras locações da cidade).
A música é importante personagem da narrativa: números musicais pontuarão o enredo estabelecendo épocas e atmosferas, ou ainda recriando os espetáculos do suntuoso Golden Room ou do Teatro Copacabana, com números musicais que evocam Carmen Miranda, Marlene Dietrich, Sarah Vaughan, Elza Soares, Cauby Peixoto, Marlene, entre outros nomes emblemáticos.
1997 – A ORIGEM DE “COPACABANA PALACE – O MUSICAL”
Nas palavras do idealizador e diretor Gustavo Wabner:
“A semente de tudo que está acontecendo agora brotou em 1997, quando eu estava chegando ao Rio, aos 21 anos, e fui convidado para o baile de carnaval do Copa. Como eu nunca tinha entrado lá, resolvi chegar mais cedo para poder conhecer o hotel, explorar. O hotel é gigantesco e eu, maravilhado com a elegância e a suntuosidade do Copa, seguia meu caminho quando vi uma porta fechada e pensei: ‘por essa porta eu não passei ainda, o que será que tem aqui dentro?’ Abri e era o Teatro Copacabana. Tomei um susto gigantesco. Primeiro, porque eu não sabia que o Copa tinha um teatro, segundo por que estava desativado. Em meio a um oásis de luz, beleza e fantasia, um teatro desativado. Fiquei muito impactado por aquela imagem e comecei a me perguntar por que que aquele teatro estava fechado, qual era sua história e qual era a história do hotel. Saí aquele dia com vontade de pesquisar sobre história do Copa. Naquela época não havia nenhuma bibliografia substancial, mas, em meados de 2015, caiu no meu colo o livro do (jornalista) Ricardo Boechat, “Copacabana Palace, o hotel e sua história”. E mais uma vez fui impactado, agora pelo registro detalhado de Boechat. De como era a cidade antes do Copa. A Zona Sul não existia e Copacabana era um grande areal com algumas chácaras e pouquíssimas casas, nenhum prédio. Boechat contextualizou bem o cenário sócio-econômico do Brasil no começo do século passado. O Rio de Janeiro, naquela época, literalmente dava as costas para o mar, e foi a partir da construção do Copa que a geografia da cidade e os costumes dos cariocas mudaram radicalmente.
Se elencamos tudo que aconteceu ao longo desses quase 100 anos, percebemos que o Copa foi um grande irradiador da nossa cultura e dos nossos costumes e, ao mesmo tempo, um catalisador, porque de alguma forma tudo que acontecia fora do hotel reverberava através dele.
De alguma forma estamos entrando para história que estamos contando, e isso é motivo de muito orgulho e alegria. Nesse momento em que estamos, poder devolver à cidade um teatro daquele porte, com aquela importância histórica, é realmente muito simbólico.”
FICHA TÉCNICA
Idealização: Gustavo Wabner e Sergio Módena
Texto: Ana Velloso e Vera Novello
Direção: Gustavo Wabner e Sergio Móden
Elenco Protagonista: Suely Franco, Vannessa Gerbelli e Mouhamed Harfouch
Elenco Coadjuvante: Saulo Rodrigues, Ana Velloso, Julia Gorman, Daniel Carneiro, Chris Penna, Beth Lammas, Leo Senna, Lu Vieira, Victor Maia, Patricia Athayde e Cássia Sanches
Músicos:
Heberth Souza – teclado e regência
Evelyne Garcia – teclado e regência
André Dantas e Diogo Sili – guitarra e violão
Tássio Ramos e Pedro Aune – contrabaixos acústico e elétrico
Rodrigo Serra – bateria e percussão
Direção Musical: Heberth Souza
Arranjos: Heberth Souza e Evelyne Garcia
Coreografia e Direção de Movimento: Roberta Fernandes
Cenografia: Natália Lana
Figurinos: Karen Brusttolin
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Direção de Imagens: Irmãos Vilarouca
Projeto de Som: Branco Ferreira
Visagismo: Guilherme Camilo
Assistência de Direção: Hugo Kerth
Assistência de Direção Musical: Evelyne Garcia
Programação Visual: Cacau Gondomar
Fotografia: Renato Mangolin
Mídias Sociais: Rafael Teixeira
Registro Videográfico: Chamon Audiovisual
Realização: Lúdico Produções e Sábios Projetos
Direção de Produção: Alice Cavalcante, Ana Velloso e Vera Novello
Realização: Lúdico Produções e Sábios Projetos
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
ANA VELLOSO E VERA NOVELLO – autoras/roteiristas
Há 25 anos trabalhando como autoras e roteiristas, a dupla tem diversos textos teatrais encenados, com direção de importantes nomes do teatro brasileiro. Receberam juntas o Prêmio de Melhor Texto pelo musical “O Choro de Pixinguinha”, além de outras indicações.
Assinaram juntas os textos “Copacabana Palace – O Musical” (direção Sergio Módena e Gustavo Wabner; “Brasileirinho” (série TV, direção Victória Dannemann); “O Choro de Pixinguinha” (direção Sergio Módena, Prêmio CBTIJ de Melhor Texto 2018); “Uma Revista de Ano – Politicamente Incorretos” (direção Sergio Módena); colaboraram com Tania Brandão em “A Revista do Ano – O Olimpo Carioca” (direção Sergio Módena); “É A Mãe” (direção Ana Velloso); “Estatuto de Gafieira” (direção Aderbal Freire Filho); “Clara Nunes – Brasil Mestiço” (direção Gustavo Gasparani); “Atlântida O Reino da Chanchada” (direção Antonio de Bonis); “Rio Que Sempre Rio”.
Vera Novello assinou em parceria com Elvira Helena o premiado musical infantil “Uma Professora Maluquinha”, baseado na obra original de Ziraldo. Vera integra o corpo docente da PUC RJ no curso de Comunicação, com diversos artigos publicados.
Ana Velloso assinou os textos “Ayrton Senna, o musical” (direção de Sérgio Módena e Gustavo Wabner); “Kid Morengueira – Olha O Breque!” (direção Sergio Módena, indicado ao Prêmio Botequim Cultural de Melhor Texto 2018); “Forró Miudinho” (direção: Sérgio Módena, Prêmio CBTIJ de Melhor Texto 2015); “Bossa Novinha – A Festa do Pijama” (direção: Sérgio Módena); “Sambinha” (direção: Sérgio Módena, Prêmio Zilka Salaberry Melhor Texto 2013).
GUSTAVO WABNER – idealizador e diretor
Gustavo Wabner é ator, diretor e produtor teatral. Dirigiu recentemente as montagens de “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos, “O Cego e o Louco” de Claudia Barral e “Sylvia”, de A.R. Gurney. Codirigiu com Sergio Módena as montagens de “Os Vilões de Shakespeare” (de Steven Berkoff), “Uma Revista do Ano – Politicamente Incorretos” (de Ana Velloso) “Paletó de Lamê” e “Mulheres do Brasil”. Também trabalhou como diretor assistente ao lado de importantes nomes do nosso teatro, como Naum Alves de Souza, Gabriel Vilella, Pedro Paulo Rangel, Pedro Brício, Ron Daniels, Guilherme Leme e Deborah Colker.
É o idealizador de “COPACABANA PALACE – O MUSICAL”, que ainda em 2021 estreará com Suely Franco, Vannessa Gerbelli, Claudio Lins e grande elenco. Ao lado de Sergio Módena na direção (com dramaturgia de Ana Velloso e Vera Novelo), a peça contará a história deste marco arquitetônico e cultural que mudou a história do Rio de Janeiro projetando o Brasil para o mundo, e trazendo o mundo para o Rio de Janeiro.
Como ator, dividiu o palco com Marco Nanini na peça “Um Circo de Rins e Fígados” (direção de Gerald Thomas), atuou em “Cine-Teatro Limite” com direção de Pedro Brício e Sergio Módena, “Medida por Medida” de William Shakespeare (direção Gilberto Gawronski), “O Doente Imaginário” (de Molière), com direção de Jacqueline Laurence, em “A Revista do Ano” e “Bossa Novinha” (de Ana Velloso), “Como me Tornei Estúpido” (de Martin Page), no premiado “A Arte da Comédia” e “Estes Fantasmas!” (ambos de Eduardo De Filippo), todos com direção de Sergio Módena. Em 2018, fez parte do elenco de “O Princípio de Arquimedes” (de Josep Maria Miró), com direção de Daniel Dias da Silva. Seus mais recentes trabalhos são: “Longa Jornada Noite Adentro “, com direção de Sérgio Módena e “Chaves – Um Tributo Musical”, direção Zé Henrique de Paula.
SERGIO MÓDENA – diretor
www.sergiomodena.com.br
Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp, é também formado pela École Philipe Gaulier em Londres, onde realizou especializações em Shakespeare, Tchecov e Melodrama.
Seus trabalhos mais recentes como diretor são: “Longa Jornada Noite Adentro”, de Eugene O’Neill, “As Cangaceiras Guerreiras do Sertão”, musical de Newton Moreno, “Os Grandes Encontros da MPB”, de Pedro Brício, “Diários do Abismo”, de Maura Lopes Cançado, “Estes Fantasmas!”, de Eduardo De Filippo, “Janis”, de Diogo Liberano, “Os Vilões de Shakespeare”, de Steven Berkoff, “O Musical da Bossa Nova”, roteiro de Rodrigo Faour e Sergio Módena, “Esse Vazio”, de Juan Pablo Gomez, “Como Me Tornei Estúpido”, adaptação da obra de Martin Page feita por Pedro Kosovski, “O Último Lutador, de Marcos Nauer e Tereza Frota, “Ricardo III” de William Shakespeare, “A Arte da Comédia”, de Eduardo De Filippo, “Politicamente Incorretos”, “Forró Miudinho”, “Bossa Novinha- A Festa do Pijama” e “Sambinha”, musicais de Ana Velloso, “A Revista do Ano – O Olimpo Carioca”, de Tânia Brandão, “As Mimosas da Praça Tiradentes”, de Gustavo Gasparani e Eduardo Rieche e o show “Paletó de Lamê – os grandes sucessos (dos outros)”.
Escreveu o musical infantojuvenil “O Soldadinho e a Bailarina” (adaptação do conto O Soldadinho de Chumbo de HC Andersen) em parceria com Gustavo Wabner e com direção de Gabriel Villela.
Seus espetáculos receberam mais de quarenta indicações e vinte cinco prêmios nas principais premiações do país.
SERVIÇO
ONDE: Teatro Copacabana Palace
– Av. Nossa Sra. de Copacabana, nº 291 Tel: (21) 2548-7070
HORÁRIO: 5ª a domingo, sempre às 19h/INGRESSOS: 230,00 (inteira) / 115,00 (meia) / promocional: 35,00 (inteira) / 17,50 (meia) / VENDAS: https://bileto.sympla.com.br / CAPACIDADE: 332 espectadores / DURAÇÃO: 120 min com intervalo de 15 min / GÊNERO: musical / CLASSIFICAÇÃO: 12 anos
A TEMPORADA ENCERRA NO DIA 27 de agosto