Matheus Pessoa se formou em Educação Física pela UERJ no Rio de Janeiro. E de todas as experiências que teve desde a graduação até aqui, duas em especial lhe trouxeram maior aprendizado: A primeira quando fazia parte do Laboratório de Fisiopatologia do Exercício da UERJ como bolsista de Iniciação Científica, durante a graduação. E a segunda quando foi colaborador em um estúdio referência de tratamento de dor no RJ.
“Não tenho especialização na área, mas considero que possuo experiência acima da média com esse público que busca se recuperar de lesões. Minha abordagem de treinamento e direcionamento de estudos pende muito para o lado da biologia evolutiva e normalmente meu foco é no público que busca aderência ao planejamento de treino. Na minha prática diária, observo que grande parte desse público evade da prática do exercício/atividades física devido a algum tipo de dor, que pode ou não ter relação direta com lesão. Para isso, sinto a necessidade de sempre me atualizar a cerca dos diferentes tipos de dor”. Diz Matheus.
Ele falou também sobre a importância de o aluno contar com um profissional capacitado com técnicas funcionais, fisioterapia e musculação como ferramentas de reabilitação:
“Sem dúvida é essencial. Hoje, pela literatura científica, já é esclarecido que a dor possui mecanismos fisiológicos distintos e é de extrema importância o entendimento dessas vias diferentes pelo profissional capacitado para o direcionamento correto do tratamento para a dor do paciente. Além disso a integração entre os profissionais das diversas áreas da saúde nesse direcionamento é de importância ímpar para um resultado efetivo”
“Conheci o Matheus Pessoa na academia onde frequento em um momento de fragilidade física, onde lutava para me recuperar de uma lesão nos dois joelhos.
Apesar de sessões de fisioterapia, acupuntura e consultas ao ortopedista, eu tentava não deixar de me exercitar na musculação, mesmo estando muito limitada. Mas as dores me impediam de realizar o treino como eu gostaria. Me sentia muito frustrada e desanimada e já estava quase desistindo da academia quando passei por uma avaliação com o Matheus. De forma bem criteriosa ele foi estudando o meu caso e criou um programa de treino especial pra mim, dentro das minhas limitações e de acordo com o laudo médico.
Eu aprendi como desafiar a dor e hoje me sinto recuperada. Percebi que as vezes o professor precisa ser um pouco psicólogo e o Matheus trabalhou também este lado da mente comigo” contou a aluna Márcia Dornelles
Inúmeros estudos mostram que é muito importante que a mente trabalhe a favor do corpo para que o resultado das atividades físicas seja melhor.
“O psicólogo capacitado sem nenhuma dúvida tem muito mais conhecimento em sua área de atuação. O que posso dizer é que acredito que qualquer profissional que lide diretamente com pessoas deve saber escutar seu paciente. Acredito que apenas através dessa escuta ativa, principalmente quando tratamos de pacientes dolorosos, é que pode ser iniciada uma aliança terapêutica e sem ela o objetivo fica muito mais difícil de ser alcançado”. Explica Matheus.
Matheus aplica conhecimentos que passam antes pela mente do aluno para refletir no corpo e assim o aluno acompanha melhor a estratégia que está sendo utilizada no treino e ensina como vencer os maiores desafios para o aluno que tem medo da dor e como superar esta fase:
“Acredito que vislumbrar a própria melhora ajuda muito. A dor por si só, dependendo da intensidade, já é incapacitante o suficiente, retirando de certa forma a autonomia do indivíduo e afastando o mesmo, aos poucos, das coisas que gosta de fazer. O retorno gradual a essas atividades, por mais que pareça muito difícil num primeiro momento, é de total importância para a eficácia do tratamento.
Gosto muito da abordagem do uso de tarefas envolvendo o movimento humano dentro do treinamento, onde uso muito da biologia evolutiva ao meu favor. Nosso corpo se adaptou por milhões de anos à resolução de tarefas complexas e possuímos uma estrutura basicamente inalterada em relação aos nossos ancestrais da mesma espécie, por mais que a usemos de maneira completamente diferente a eles. Não faço pouco caso dos exercícios tradicionais das academias, mas acredito que nós, profissionais da saúde, poderíamos explorar mais dessa capacidade tão rica que nosso corpo permite de nos movimentarmos e resolver problemas. Não criei essa abordagem, mas muitas vezes exige muita criatividade e entendimento do objetivo final para criar caminho mais adequados à individualidade e o momento de cada paciente” Ensina Matheus
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