Hoje, caminhei na contramão do horizonte apontado pelo Meu Sol.
Revisitei toda a estrada.
Surpresas ao final da caminhada!
(Em finais era no que pensava )
Também lá estava o Meu Sol.
O interesse dessa retrô jornada foi a estrada
E ela estava toda sinalizada!
A linha mestra era amarela!
Só agora entendi:
Nunca! Nunca estive só.
Às vezes, houve descarrilhos,
Em outros momentos, choro, espaços vazios.
Chamemos de freios, lacunas, medinhos,
Mas tudo que estava ali foi parte do meu caminho.
E ele até então já era longo.
Até então uma boa quilometragem já havia percorrido.
Vi, também, planos inacabados.
Vi sucessos emplacados.
Fui convidada às doçuras da vida
E às asperezas do viver.
Parece que houve uma balança…
Que não nos queria só riso,
Que não nos queria só no nosso mundinho.
Ela pendeu para que não esquecesse do nosso estar enquanto humanidade,
Para que entendesse o nosso mundo como parte do Mundo.
E assim fosse empática, colaborativa, ambiental no conceito mais completo e amplo.
E, nesse recaminhar,
Eu fui.
Longe fui.
E havia passarinhos,
E barcos,
E um ar aquecido.
Esse tão aquecido quanto aquele ao iniciar essa minha insurgente maratona de pensares.
Quando pensei ter chegado ao meu início,
Painho? Mainha?
Sim. No meu coração sempre,
Porém ali estava a sombra de Mar e sobre o ombro dela…
O Sol.
O mesmo Meu Sol
Aquele que, mesmo parecendo a mim contraria-lo,
Ele sempre está diante de mim.
Tal a surpresa,
Que um outro mar se fez em mim
E desaguou pelos meus olhos…
Cada gota, uma expressão da minha gratidão.
E foram muitas!
De volta,
Segui.
E o Meu Sol, comigo.
Adiante um outdoor…
E o slogan:
“Do tamanho do seu sonho”
Ah! Sol danado esse!
• Escrito após uma caminhada matinal na orla de Vitória na direção Camburi – Canto.
Negra Luz é advogado, escritora, poetisa e colunista Café com Shah
