Mataram a Mãe!

Uma reverência à Mãe Bernadete, ialorixá baiana, matriarca do quilombo Pitanga dos Palmares

Mataram a Mãe!
Órfãos ficaram os filhos.
Foram 12 os tiros!
Mataram, sim, a Mãe!
Mãe de muitos filhos!
Mãe que dava o rumo,
Que sinalizava o sentido,
Ponte de paz.
Há muito mataram!
Mataram a Mãe…
A Mãe Justiça!
E, assim, morrem muitos Georges!
E, assim, morrem muitos Albertos!
E, assim, morrem muitos Miguéis!
E, assim, morrem muitas Marielles!
E, assim, morrem os filhos…
Respeito,
Cidadania,
Dignidade,
Humanidade.
E, assim, tudo que importa:
VIDAS!
E , assim,
O Brasil.
—-

Uma reverência à Mãe Bernadete, ialorixá baiana,
matriarca do quilombo Pitanga dos Palmares.
Que Iku a conduza ao encontro da Paz!
Para nós, filhos desta terra chamada Brasil:
Quando naturalizamos o matar, prospectamos o nosso futuro!

Cláudia Almeida (Negra Luz)

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Sobre Shah Moises 1994 Artigos
Cineasta, editor, e produtor cultural.
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