[Motumbá agitou o Pelourinho na 3ª edição do Projeto Gira Mundo]

Evento aconteceu ontem (18.2), no Largo Pedro Archanjo e contou com participações de Serginho do Adão Negro e cantora DAI

Foi em clima de baile carnavalesco – para matar a saudade da festa momesca adiada pelo segundo ano consecutivo em função da pandemia – que a banda Motumbá, liderada pelo músico Alexandre Guedes, fechou a terceira edição do seu “Projeto Gira Mundo”, que trouxe para o Pelourinho muita música, performances e participações especiais.

Os convidados da vez, que subiram ao palco do Largo Pedro Archanjo, foram os cantores Serginho da banda Adão Negro e DAI, nome em ascensão do pagotrap. O show foi gratuito e teve ainda abertura do DJ Fábio Angola, e desfile do rei Siry Brasil e da rainha Claudia Mattos, do bloco afro Muzenza e ainda da  veterana Negra Jhô.

No palco, Alexandre Guedes relembrou os clássicos da Motumbá como ‘Bororó’ – hit do carnaval de 2007 – além das atuais ‘Gira Mundo’ e ‘Naná’. Já Serginho trouxe a nostalgia do reggae baiano com as canções ‘Anjo Bom’ e ‘Pele Negra’.

DAI, chegou ao palco com canções que possuem letras que fortalecem o protagonismo feminino no pagode e no pagotrap, gênero que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil.

Para fechar a noite, uma charanga animou o público dando a volta no largo ao som de marchinhas dos antigos carnavais. “Tudo isso para matar a saudade do nosso Carnaval de rua…” pontuou Guedes.

O evento foi uma realização da Mafuá Produções e Governo do Estado da Bahia através da Bahiatursa e seguiu rigorosamente todos os protocolos sanitários exigidos por decreto público. A produção ainda distribuiu máscaras e álcool em gel, com objetivo de fortalecer e incentivar o combate ao vírus da COVID.

Fotos: Rafael Rodrigues / divulgação

SOBRE MOTUMBÁ

A banda Motumbá liderada pelo cantor, compositor e instrumentista Alexandre Guedes, 52, (passagem pela Timbalada e Baianada) nasceu em 2004 e logo caiu no gosto do público com o hit Bororó. Com inspiração na percussão de matriz africana e nos sambas de raiz e no merengue, ritmos que acompanham Alexandre desde a infância no bairro do Candeal, foi concebida a identidade sonora da Motumbá: afro-pop-caribenha.

À frente do grupo, Guedes alia a experiência de uma trajetória artística de mais de 25 anos à energia de quem vivencia a arte em constante renovação.

“A Motumbá nasceu com a proposta de criar uma linguagem musical que incorporasse elementos de nossa cultura. Ao mesmo tempo, queremos transmitir uma mensagem de paz e boas vibrações”, explica o músico.

A escolha de cada instrumento musical utilizado pela Motumbá é afinada com a proposta da banda: Atabaques, djembês e klongs representam a cultura afro-brasileira. As tamburicas, malacachetas e caixas, tradicionais das escolas de samba, trazem para o universo musical do grupo o ritmo sonoro brasileiro por excelência.

“Antes da Motumbá, os afoxés eram os únicos que usavam atabaques nos shows. Trouxemos esses instrumentos para o palco com uma afinação diferenciada, em que três músicos tocam de uma só vez. O resultado é um som menos estridente e metálico, mas com grande força percussiva”, explica Alexandre Guedes.

Fotos: Rafael Rodrigues / divulgação
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