Mesmo questionando um décimo perdido aqui e ali, sou uma pessoa que não rebato resultado de Carnaval. Procuro sempre acreditar na capacidade técnica daqueles que julgam o nosso espetáculo (exceto os equívocos). Li e reli todas as justificativas da Mangueira e concordo com 75% dos pontos perdidos.
Não tenho dúvidas do lindo desfile que fizemos. E foi lindo mesmo. A Mangueira de predominância verde e rosa (aceita, jurada Regina Oliva). Da saudosa e marcante comissão de frente que vestia terno, capa e cartola. Das baianas de saia com babado, torço e pano da costa. Do morro à velha paisagem construída através das habitações que se empilham entre tábuas e telhas de zinco, que desce para celebrar suas mais legítimas tradições nos dias de folia. De fato, fizemos valer Cartola, Jamelão e Delegado.
Um desfile que mexeu com a emoção de toda nação mangueirense. Em contrapartida, pecou em alguns (muitos) pontos racionais de um regulamento e era notório que isso geraria a perda de pontos em alguns (muitos) quesitos. Afinal, estamos dentro de uma competição. Mas não pensem que eu vou listar aqui, publicamente, as críticas, tampouco apontar erros de alguém, até porque, isso seria desleal com a escola que eu amo e defendo.
Jamais vou romantizar uma posição meio de tabela – fora das campeãs, mas acredito que esse sétimo lugar servirá de reflexo para algumas coisas que precisam ser feitas: correções de erros primários, mudanças internas e reformulação no modo de preparar um carnaval.
Independentemente de tudo que passou, o céu de Mangueira continua estrelado, iluminando e inspirando aqueles que, todos os anos, insistem em fazer da Mangueira, a primeira.
Bora, minha Mangueira. ????
@mangueira_oficial
João Paulo Farelli é publicitário e Gestor de Marketing
@jpfarelli
