A compositora baiana Rita Sanches, que já teve canções gravadas por Targino Gondim e Ana Paula Albuquerque, além de ter integrado a ala de compositores da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, se prepara para dar voz, pela primeira vez, a uma de suas canções. O single “Menino de Ondina” marca a estreia da artista como cantora e revela toda sua potência na música, para além da composição. A canção estreia nas plataformas digitais no dia 8 de setembro e a programação de lançamento pode ser acompanhada através do instagram @ritasanchesoficial.
Em Menino de Ondina, Rita faz um passeio por cenas do cotidiano que se misturam às belezas naturais de Salvador. “A música nasce de minhas andanças pela praia de Ondina, momento em que observo as crianças da região se divertindo de forma simples e encantadora, empinando arraias e transformando a praia em um brinquedo”, conta a artista. Com influências rítmicas do samba-reggae e MPB, a música mistura toques suaves de instrumentos de corda, percussão e teclado com efeitos sonoros que remetem ao clima praieiro. A produção musical é assinada pelo multi instrumentista Felipe Guedes.
Natural de Salvador, Rita tem Dorival Caymmi como uma de suas principais referências na música e costuma trazer em suas canções a musicalidade, hábitos e tradições da cidade em que nasceu. A artista, que se descobriu compositora dentro da Mangueira, aprimorou sua relação com a música na Escola Baiana de Canto Popular, de Ana Paula Albuquerque. “Lá passei por uma aventura de autoconhecimento. Voz,timidez, sonho, perspectivas, possibilidades reveladas, tudo foi misturado e surgiu uma pessoa diferente. Mais leve, com mais liberdade para cantar e criar”, afirma Rita. A música Menino de Ondina é o segundo single da artista que prevê ainda o lançamento de um EP até o final de 2021.
SERVIÇO
Lançamento do single “Menino de Ondina” de Rita Sanches 8 de setembro.
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SOBRE RITA SANCHES
Baiana de Salvador, Rita Sanches explora diversos ritmos em suas composições. Bossa Nova, Samba, MPB, Axé, Samba-reggae e Xote são os gêneros musicais que fazem parte da primeira leva de composições que ela lança até o final do ano. A descoberta da veia artística aconteceu em ambiente muito privilegiado: a ala de compositores da Mangueira, uma das principais Escolas de Samba do Carnaval carioca. Já de volta a Salvador, Rita resolveu aprimorar sua relação com a música e entrou na Escola Baiana de Canto Popular, de Ana Paula Albuquerque. Foi nesse período que ela conheceu o estilo do sambista Batatinha, que compunha apenas batucando na caixinha de fósforo, sem nenhum instrumento harmônico, como violão ou piano. Conhecer a história de Batatinha, fez Rita perceber a possibilidade de ser uma compositora completa, de letra e melodia. Foi na escola também que Rita construiu seu estilo, desenvolveu o canto e teve suas composições apresentadas a nomes como o pernambucano Zé Manoel e o forrozeiro Targino Gondim.
Compositora da Mangueira
A descoberta da veia artística aconteceu em ambiente muito privilegiado: a ala de compositores da Mangueira, uma das principais Escolas de Samba do Carnaval carioca.
Durante sua temporada no Rio de Janeiro, chegou à Mangueira levada por seus primos, com quem compôs seu primeiro Samba-enredo para a Escola. Pouco depois, conheceu Zeca Monteiro, que se tornou seu padrinho e com quem passou a compor, junto com outros parceiros da agremiação.
“Resolvi fazer um samba para a Mangueira, porque queria ver como funcionava – e acabou que em todas as vezes eles se classificaram. As disputas eram divertidas, tudo na pura paixão, nenhuma pretensão. Quando percebi, já era da ala de compositores da Estação
Primeira de Mangueira. Honraria das maiores! Os sambas não foram para a avenida, mas eu fui várias vezes. Desfilar naquela ala não tem preço. Desde lá, a composição se tornou realidade. Não tinha pensado que poderia fazer música e lá me enxerguei assim: compositora”, afirma Rita.