Rapper baiano lança trilha para documentário indígena na próxima sexta (12)

Característica marcante da musicalidade baiana, a busca por influências – inclusive ancestrais – permeia o trabalho de artistas de todos os gêneros musicais. Nesse contexto surge Yababelô, rap que traz referências históricas indígenas e africanas acompanhado de um afrobeat potente, que remonta o descobrimento do Brasil a partir dessa perspectiva. Trilha do documentário Brasil Tupinambá (com lançamento previsto para o segundo semestre), o single, assinado por Ricardo Pamfilio, Dj Titoxossi e o rapper Nouve, estará disponível nas plataformas digitais na próxima sexta (12).

Fruto de uma parceria antiga entre o rapper e o dj, o single será o primeiro lançamento do selo do rapper, Respire Arte, distribuído pela gigante francesa Believe. “O Respire Arte nasceu junto com o meu nascimento como artista, há 10 anos. Quem vem da quebrada entende a necessidade de fomentar as atividades culturais para que elas continuem existindo – principalmente alguém que, como eu, veio de Cajazeiras e passou por projetos sociais importantes (que determinaram a minha trajetória como artista). O processo com a pandemia acelerou os meus planos de formatar esse espaço de troca, de apoio para a cena independente”, comenta Nouve, que já dividiu palco com grandes nomes do Rap Nacional, como MV Bill, Kamau, Rael, Emicida, Fióti, entre outros.

Inspirado pelas palavras de Emicida (com quem trabalha em São Paulo desde 2016): “jamais volte para sua quebrada de mente e mãos vazias”, Nouve pôde realizar esse sonho em 2021. Embora já tivesse se apresentado com Emicida, na Concha em 2017 e voltado para o carnaval de Salvador em 2020, na Tereza Batista, o artista ainda queria mais: promover a cena que o criou. Além de gerir a própria carreira, o selo traz de volta a banda de reggae Manospreto, que dividiu palco, gravou e produziu grandes nomes da música brasileira, como Gilberto Gil, Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Cidade Negra, O Rappa, Gabriel Pensador, Nelson Rufino, Nação Zumbi, CPM 22, Alceu Valença, entre outros.

“A ideia do selo é, além de revelar artistas que ainda não tiveram chance de distribuir o seu trabalho nacionalmente, trazer artistas importantes da cena para o universo digital, já que muitos não conseguiram acompanhar a transição e se inserir no streaming e nas redes sociais. Sou fã do trabalho do Manospreto e é uma grande satisfação caminhar com eles nessa nova fase”, confessa. Titoxossi, que produziu inúmeras de suas músicas, também faz parte dessa empreitada, dessa vez como artista.

Além da distribuição digital e gestão de carreira, o Respire Arte também inaugurou uma produtora, que já estreou da melhor forma possível: levando um festival de cultura hip hop para casa, Cajazeiras. O FCMMXX1, que aconteceu em janeiro, foi uma grande prévia do que Nouve pretende com o projeto: música, dança, graffiti e programas de formação para artistas independentes (como os que fez no começo da carreira), em 3 dias de programação gratuita via internet. 9 live shows, com 25 artistas da cena de Salvador, transmitidos diretamente de Cajacity. “Foi uma realização: para mim, para a equipe (60 profissionais envolvidos), um grande reencontro. Já estamos planejando a segunda edição, com a expectativa de alcançar ainda mais artistas dessa vez. Cada um de nós tem a responsabilidade de levar Cajazeira para o mundo”, completa.

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Sobre Shah Moises 1993 Artigos
Cineasta, editor, e produtor cultural.
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