LÉO SANTANA FOI O ‘HOMEM DO FUTURO’ NO CARNAVAL, E PRECISÁVAMOS MESMO DISSO

O cantor Léo Santana é ‘Gigante’ não apenas por sua estrutura física, ou porque o pagode que faz atravessou as fronteiras da Bahia. Suas escolhas de imagem têm chamado a atenção. Leia o texto completo para saber onde quero chegar!

O cantor Léo Santana é ‘Gigante’ não apenas por sua estrutura física, ou porque o pagode que faz atravessou as fronteiras da Bahia. Suas escolhas de imagem têm chamado a atenção. Em 2019, escrevi para o site ‘Ih, miga! sobre sua evolução: saiu de peças mais padrãozinho, comuns, para usar itens mais marcantes que ajudam a fortalecer a imagem que pretende construir.

Falei isso com base nos ensaios daquele ano, em que Léo passou a usar shorts, daquele que chamamos aqui em Salvador de “batedeira”, e camiseta. O oposto das calças e regatas megajustas que são comuns de vermos em pagodeiros que ainda estão em fase de se firmar como referência na sua área.

Para 2020, Léo Santana manteve seu processo de construção. Assim como é esperado vermos as divas do axé music, o cantor desfilou pelos circuitos do Carnaval com fantasias inspiradas no tema ‘O Homem do Futuro’.

stylist William Costa, responsável pela construção da imagem de Léo há quatro anos, disse em entrevista à jornalista – e amiga da Moça – Ailma Teixeira, que o figurino tem uma história por trás. O objetivo era passar uma mensagem cultural e em diálogo com o que estamos vivendo hoje.

“Fomos pegando detalhes do que estava acontecendo no momento atual e do que nós precisávamos no futuro: da natureza, do amor, da alegria e da liberdade, quatro coisas que a gente julga que são de suma importância para um futuro melhor pra todos nós”, explicou.

A fantasia foi produzida pelo Atelier Fabulous, com uma riqueza de materiais admirável. A tecnologia foi aliada fiel, principalmente no dia em que Léo se vestiu de ‘guardião do amor’ e foi à rua com seu braço biônico.

Léo Santana foi o ‘Homem do Futuro’ no Carnaval, e nós precisávamos mesmo disso. Precisamos que artistas levem ao seu público mensagem de amor, paz e respeito uns para com os outros. Precisamos que a indústria abuse da criatividade e propicie entretenimento com significado e que nos desperte sentimentos e sensações. Precisamos mesmo de artistas locais investindo na nossa festa local, a maior festa de rua do planeta, rompendo com o estereótipo de que só mulheres devem se preocupar em apresentar um espetáculo completo, da sonoplastia à cenografia, sem abrir mão do figurino.

E, pelo visto, Léo Santana sabe onde está pisando, e quer continuar o trajeto. Pelas declarações dadas à jornalista – e amiga da Moça – Ailma Teixeira, a tendência é evoluir. Segundo o artista, depois de sua saída da banda Parangolé, em 2012, ele preferiu mostrar seu estilo. Mas já faz um tempo que vem se entregando mais a figurino. E agora que tem causado um rebuliço na imprensa…

Precisamos mesmo disso.

FONTE –

MOCACRIADA.COM.BR

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Sobre Shah Moises 1999 Artigos
Cineasta, editor, e produtor cultural.
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